Uma alma morta
porém
ressuscitada.
Um soldado maníaco
com uma metralhadora
que cospe fogo e palavras.
E nas guerras das palavras
eu sou veterano.
Eu sou o homem-tigre.
Somewhere in hell, i'm still typing.
Voltei. Bem, pelo menos em termos. Nunca fui embora de verdade, apenas não dei as caras por aqui. Por quê? O fato é que abro uma porrada de coisas pela net e vou perdendo o contato com elas. Esqueço-me dos meus resquícios e, quando me lembro, não sei mais a senha nem o login. Só posso olhar, como alguém diante de uma sepultura. Mas isso não me incomoda. Não como incomoda algumas pessoas. E agora digo de novo: por quê? Porque acho importante você se destruir de vez em quando; simplesmente eliminar todos os seus traços, todos os registros da sua existência e todas as lembranças que as pessoas possam nutrir de você. Ao retornar, será apenas você e só você. Sem ninguém. Sem elogios, críticas, porra nenhuma. É aí que você sabe se tem fôlego. Eu tenho muito fôlego e pouca paciência. E agora entram as explicações. Nunca deixei de escrever. Só que nos últimos anos, escrevo como escrevia quando tudo começou: mais para mim mesmo que para qualquer outra pessoa. Escrever, meus amigos, não é um ato de amor, é um ato de masturbação. Isso pode diminuir o sexo, mas não diminui a escrita. Quanto aos vídeos, simplesmente não é a minha praia. Posso fazer um ou outro esporadicamente, quando dá vontade, mas jamais será um compromisso. Não é a minha. Outra questão que entra no jogo é o fator tempo. Aos 20 anos é mole ficar escrevendo e blogando o dia inteiro. Aos 33, quase 34, a coisa se torna um pouco mais complicada, afinal de contas, preciso ganhar o meu dinheiro. Diabos, e também gosto de ganhá-lo! Nunca consegui extrair grana da escrita. E falo isso sem qualquer rancor. Sei que é o grande motivo da frustração de quase todos os escritores, mas, acredite, isso nunca me frustrou. Como jamais esperei dinheiro da literatura, ela não me decepcionou nesse quesito. O que não significa que eu não espere que o dinheiro chegue por outras vias. Eu espero e ele chega. Isso reduz um bocado o tempo que dedico aos parágrafos. Isso não é nenhum crime. Você pararia de trabalhar? Pois é, foi o que pensei. Já que mencionei que tenho 33 anos, vamos entrar nesse assunto. Sim, tenho 33 anos, então chega desse papo de “jovem escritor”, “promessa literária”, “um grande futuro pela frente” e o caralho a quatro, tá legal? Vocês já me enchem com isso há mais de uma década. Acho que já está meio fora do contexto. Não tenho mais nada para explicar. Era só isso: a) nunca parei de escrever, só parei de mostrar a você; b) não vou deixar de mostrar a você, mas não me comprometo com datas e prazos (artistas que se dão por inteiro à arte são muito nobres, mas costumam ter problemas para se sustentar; se Rimbaud dispensou esse destino na boa, pode apostar que não penso duas vezes); c) quem está escrevendo, aqui do outro lado da net, é um cara nas bocarras de fazer 34 anos, já vislumbrando a meia-idade do outro lado do túnel; sua imagem do jovenzinho talentoso e cheio de frescor é tão equivocada quanto a imagem que assombra a cabeça do punheteiro no chatline - a imagem da ninfetinha gostosinha e lindinha de camisola branca - quando do outro lado está um gordo suado, de barba por fazer, dentro de um quarto escuro que cheira a peido. E é só isso. É bom estar de volta, mesmo nunca tendo partido. Também é estranho entrar nesse blog novamente. É como entrar numa casa depois de anos viajando. O lugar todo cheira à naftalina e algumas peças da decoração já estão ultrapassadas. Esse fundo preto por trás das letras brancas ferra com meus olhos. Vou me livrar dele na 1ª oportunidade. E alguns títulos... Há certas coisas que não reconheço mais. Não me reconheço nelas. Não falo dos textos, mas de diagramação, gravuras e etc e etc. Sinto-me olhando para um par de cortinas elegantes colocado na minha sala por um decorador profissional. Pode ser bonito, mas não sou eu. É questão de tempo para o lugar começar a feder à minha pessoa... e o par de cortinas ir embora. Por enquanto, quem vai embora sou eu. Tchau.
E cada rua é um fantasma. Eles tomam café e bebem vinho e se afogam no Sena. E cada rua é um fantasma. Quer coisa melhor?
My new one
A última cria. Já saiu do ninho. Já aprendeu a voar. Agora, o céu faz o resto. Pois, quem é que precisa do chão quando se tem o céu? Eu não. Quem sou eu? Ninguém em especial. Apenas um herói.
AND THE BEAT GOES ON...
B for Byron. B for Be myself. B for bullshit. For for Bad. B for Buk. B for back. B for Bond. B for beat. Beat Beat. B for blearg.
Louvriando.
Entardecer louvriano. As paredes são palavras. As palavras são curvas. As curvas são noite e a noite sou eu. Eu estou logo ali, onde a noite faz a curva.
First baby
Meu primeiro filhote. Um filhote cheio de sangue e maníaco como neurótico anfetamizado, mas ainda assim o meu primeiro filhote. Eu o guardo com carinho numa jaulinha de chumbo, devidamente sedado. My first baby, i'm very proud of you.
A vida é boa em Genebra
Certo dia, passei uma eternidade lá. A Suíça era minha e eu a engoli como um queijo suíço.
A St-Livres
É pequena como a aldeia dos smurfs. Mas St-Livres é bonita e gostosa demais da conta! Você não moraria lá? Eu morei! Por pouco tempo, mas morei.
THE PRESLEY
dancing to the jailhouse rock
from a dirty old man
what truly horrible and rich lives they lead.
10 COISAS PARA VOCÊ VER NA TV NO MEIO DA NOITE
Discovery Channel
Looney Toones
Lost
Magnum P.I.
Os Embalos de Sábado à Noite
Poltergeist
Psicose
Sexta-Feira 13 parte II
Sexta-Feira 13 parte IV
TCM Classic Hollywood
10 RAZÕES PELAS QUAIS "MAGNUM P.I." É A MELHOR SÉRIE DE TODOS OS TEMPOS
Bigodes e pêlos eram coisas legais;
Camisas havaianas;
Ferrari vermelha;
Higgins;
Não há metrossexuais andróginos como protagonistas;
O Ninho de Robin;
Thomas Magnum;
Trilha sonora inesquecível;
Zeus e Apolo;
Ócio criativo como estilo de vida;
a kind of precious moment
olhando para imagens congeladas no tempo e na memória (da minha mente e do computador) enquanto Elvis canta Love Letters.